Escrevi este texto ontem à noite, depois do jogo do
Brasil. Relutei em publicá-lo, pois o danado está cambaleante de erros. Mas
terminei cedendo à minha carraspana. Conto com a compreensão de vocês, meus
nobres.
Se quiserem uma prosa melhor, leiam o CHICO,
aqui embaixo.
É isso!
PROSINHA EMBRIAGADA
Não nego a nego nenhum: gosto de degustar uma gela,
gente. Uma uma porra! Duas. Não duas diuturnamente, digamos. Mas, serei
sincero, semanalmente sim. Hoje, todavia, tomei todas. Me melei, meus! Fiquei
mais melado do que mau de malinheiro. Aí cuidei de caçoar com os senhores e com
as senhoras.
A enganação é
estar escrevendo embriagado este embuste de escrito. Com a canalha condição de
conservar o contexto começado. Quero perceber, pessoal, como fica uma prosa parida
dum pensamento procedente
dum porre. Restou-me, então, renegar a revisão. Já tô
vendo uma variedade de vícios e... Porra é! Esses períodos estão mantendo a
prevalência de certas letras. Caramba! Parece leseira. Terei mais cuidado.
O teclado tem
um bocado de letras misturadas, galera. Já percebi que no primeiro parágrafo,
em “mau de malinheiro”, o eme tomou o lugar do pê de pau e do gê de galinheiro.
Mas não vou corrigir, é claro. Até por solidariedade ao galinheiro. Pegaram o
galinheiro como bode respiratório, daí, quando o sujeito toma uma a mais,
inventaram essa blasfêmia de que o colega tá mais melado do que o pau dele. Do
galinheiro, evidentemente. Tem um fundamentozinho essa estória, mas não vou te
contar não, bicho. Ou vou? Vou.
É o seguinte.
Quando a gente tá meladão mesmo, chamando Jesus de Genésio, não consegue se
equilibrar, não é verdade? Para dar um passo, o infeliz encurva o corpo e abre
bem os braços, a fim de pegar um pouquinho de equilíbrio. Quer dizer, o pau
d’água dá uma passada pra direita, outra pra esquerda, e dois pra frente. E
essa é exatamente a postura de quem vai pegar uma galinha. Entendeu agora?
Nunca pegou
uma galinha não? “Pegue aquela galinha ali, meu filho, que é pra gente
almoçar”, falava assim a minha saudosa mãe. Esse povo da capital não sabe o que
é isso não, mas tu do interior conhece isso de cabo a rabo, né não? Ou tu
também quer dizer que nunca pegasse uma galinha? Pra cima me muá, meu! Pois
veio daí, dessa pegação, o “mais melado do que pau de galinheiro”. Nossa! Que
besteirada, gente!
Mas existem
paus muito mais melados do que o dele, o do galinheiro, mas o pobre é quem paga
o pato. Querem um exemplo, querem? Pau de sebo. No pau de galinheiro ainda há
uns gominhos virgens, limpinhos. Quero ver isso num pau de sebo! O pau de sebo
é melado do tronco à cabeça, meus nobres. Vocês conhecem pau de sebo, não? Os
adultos botam uma mufufa na ponta dum pau de vinte metros, enfincam o danado e
mandam a miudada subir a fim de pegar a grana. Pura sacanagem, colega.
Quer outros exemplos
de paus melados? O diabo da cerveja dá uma michadeira da píula, meu nobre. Vou
à casinha. Na volta eu digo a tu, tá?
Então... Onde
é que eu tava mesmo? Ah, na variedade de vícios e nas letras misturadas. Mas, como já te falei, não vou corrigir nem
que a galinha e o galo tussam. Agora que o “cuidei de caçoar” é feio, isso é.
Tu quer saber
por que tomei o porre, não é?
Por causa do
jogo do Brasil e México, cara. Comecei cedinho, fazendo o aquecimento. Aí, meu
nobre, no comecinho do segundo tempo, já tava vendo uns quatrocentos jogadores.
Mas deu pra ver que nossa seleção é muito boa. É sim! Ora! Não vi os gol’s do
Brasil, acredita! Tava cochilando, acho. O Leandro Damião, amigo, é fera. O
Ganso, então! Agora deu a bexiga, não me lembro se o Ganso jogou. Senti falta
do Pato, juro. Com o Pato ali teria saído mais uns dois goles. Goles? Bem
lembrado! Agora o Neymar (é com y mesmo?) é um danado. O bicho cisca que só uma
galinha (lá vem a pobre da galinha, porra!) Bom...
Que mais posso
escrever. Vou ao banheiro de novo. Volto já. Droga de cerveja.
Um abraço,
Tião
2 comentários:
Gosto da aliterações! Delícia de texto, dá vontade de tomar umas... ;)
E o que é o que eu estava fazendo, por acaso, enquanto escrevia o groló? E eu drumo!
Valeu!
Tião
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